quarta-feira, 10 de junho de 2009

Perseverar no Senhor

"E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." Rm 5:3-5
Este texto mostra que devemos nos alegrar quando passamos por tribulações, pois elas dão início a uma seqüência que renova em nós a esperança da glória de Deus.
Quando estamos no Senhor e as tribulações vem sobre nós, o Espírito Santo produz em nós perseverança, ou seja , a capacitação para permanecermos firmes no Senhor a toda prova.
Quando perseveramos em meio a tribulação é produzida a experiência. Esta não é uma experiência circunstancial da qual se diz: " Ah.... Já passei por isso, agora posso aconselhar outros." , mas sim uma experiência com o Senhor. Veremos o seu poder operando em nosso favor, nos dando paz, consolo, edificação, provisão, vitória, etc.
Quando experimentamos do Senhor e meio a tribulação a nossa esperança se renova, somos edificados e podemos, cheios do Espírito Santo, ir adiante no caminho.
TRIBULAÇÃO - PERSEVERANÇA - EXPERIÊNCIA - ESPERANÇA
Isto ocorre sempre em nossa vidas. Por isso Paulo nos diz que a tribulação produz em nós eterno peso de glória.
Este princípio na vida da Igreja
Aqui descobrimos também um princípio tremendo, que operava profundamente na vida da igreja primitiva. ( e por ser princípio, opera ainda hoje )
A Igreja que vemos na bíblia era cheia de esperança, cheia de experiências com o Senhor e cheia do Espírito Santo ( fruto e dons ).
O Sobrenatural operava freqüentemente na vida deles:
· Pedro e João na porta Formosa - At 3:1-9
O tremor no templo - At 4:31
Enfermos eram curados - At 5:12-16
Um anjo liberta Pedro e João - At 5:18-20
Pedro é solto milagrosamente - At 12:5-11
Filipe é trasladado - At 8:39-40
Paulo e Silas soltos dos grilhões - At 16:25-26
E muitas outras situações onde experimentavam do poder de Deus
Mas também era uma igreja muito perseguida. Ser cristão era caso de morte.
At 8:1"Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e da Samária."
At 12:1-3"Por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; e matou à espada Tiago, irmão de João. Vendo que isso agradava aos judeus, continuou"
( E muitos outros... )
Era perseguição mesmo :

· Precisavam se reunir escondidos
Os soldados entravam pelas casas prendendo os irmãos.
Eram mortos pela espada, esquartejados, enforcados, jogados em óleo fervendo, iam para a arena dos leões, etc.
Agora vem a pergunta: Qual a ligação entre estas duas características da igreja ?
A resposta está exatamente no princípio do qual estamos falando:
=> Eles perseveravam em tudo no Senhor!
Vemos então o princípio de Rm 5:3-5 sendo aplicado na vida da Igreja.
Perseverar significa permanecer firme
Assim vemos em Mt 7:24-25 o melhor exemplo de perseverança.
=> A casa sobre a Rocha é a figura da perseverança
Vieram os ventos , as águas , mas ela permaneceu firme, pois estava edificada sobre a Rocha.
Esta atitude era notória na igreja primitiva :
At 2:40-42"E com muitas outras palavras dava testemunho, e os exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações."
Vemos então que perseverar é permanecer em Cristo e isto é uma ligação fundamental para experimentarmos Jesus em nossas vidas.
Em que eles perseveravam ?
Na doutrina dos apóstolos
o Nos ensinamentos dos apóstolos ( At 5:42 )
Nas bases do que eles criam, nos fundamentos ( Hb 6:1-2 )
Não negavam nem questionavam os ensinamentos, mas procuravam aprender, se dedicavam ao estudo da palavra , compreender as verdades de Deus, oravam a respeito( At 6:4)
E assim, porque eles perseveravam na doutrina, o Espírito Santo lhes proporcionava revelação da Palavra e experiência , de modo que o plano de Deus para eles era simples e claro.
Na comunhão
o "Era um o coração e a alma dos que criam" ( At 4:31 )
Estavam sempre juntos, reunidos nas casas e no templo ( do lado de fora ).
Dependiam uns dos outros, havia um relacionamento intenso entre os discípulos.
Comiam juntos, freqüentavam as casas uns dos outros, amavam uns aos outros, oravam uns pelos outros.
Eles se dedicavam a isso, se empenhavam nisso, e o Espírito Santo enriquecia os relacionamentos produzindo experiências tremendas como a de Pedro que foi libertado da prisão e imediatamente procurou os irmão que oravam por ele. ( At 12:12-17 )
No partir do pão
o Isto não significa somente que eles comiam juntos, mas que repartiam tudo o que tinham.
Ninguém passava fome, ninguém era rico ou pobre ( tinham tudo em comum )
Ninguém considerava seu aquilo que possuía, mas do Senhor.
E a Palavra nos mostra que eles perseveravam também nesta questão e o Senhor cuidava de todos , de modo que não havia necessitados entre eles. (At4:31-37)

Nas orações
o Como precisamos aprender com eles esta questão da oração. A vida de oração, a necessidade de oração.
Parece que eles estavam sempre orando.
Após se converter, Paulo se pôs em oração - At 9:11
Cornélio estava orando e o Senhor enviou Pedro - At 10:30
Pedro estava orando e teve visão do lençol - At 10:9
Oravam em todo lugar - At 16:3
Oravam para que as pessoas recebessem o Espírito Santo - At 8:14-15
Oravam antes de enviar os apóstolos - At 13:2-3
o Aqui não estamos falando de orar eventualmente, ou quando aparece uma situação difícil, estamos falando de vida de oração.
Orar pedindo, orar agradecendo, orar para conhecer a vontade de Deus, ora r para ser cheio do Espírito. ( isto é se entregar a Deus em oração )
Como conseqüência disso o Espírito Santo operava sinais e prodígios através deles, concedia revelação, entendimento, profecias, curas, livramento, provisão e tudo mais.
Finalmente, vemos que a
Tribulação - Perseverança - Experiência (com Jesus) - Esperança
Conclusão
O Capítulo 29 do livro de atos está sendo escrito em nossos dias. Precisamos do Seu poder capacitando a igreja para toda boa obra.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

As doenças deste século

Texto Bíblico: 2 Timóteo 3.1-9
Os dias que antecederão a segunda vinda de Cristo serão marcados por um sensível aumento da iniqüidade sobre o mundo. As pessoas estarão mais propensas às enfermidades do espírito tais como egoísmo, perversão e crueldade. Conforme vaticinou nosso Senhor Jesus, a maldade se multiplicará e o “amor de muitos se esfriará”. “Todavia, aquele que perseverar até ao fim será salvo” (MT 24.12,13). Muitas dessas enfermidades espirituais do homem sem Deus são internas ou intrapessoais.
Como podemos depreender do texto bíblico em estudo, o pecado original não afetou apenas o indivíduo, mas também seus relacionamentos. Dentre as enfermidades sociais desses tempos difíceis podemos destacar:
1) Orgulho e Vaidade. Muitos se gabam de seus próprios atos e glorificam suas realizações com o único intuito de impressionar as pessoas. São os adeptos do culto à personalidade (Sl 4.1; 94.11; 144.4; Jr 2.5), os presunçosos, soberbos que desejam ardentemente fama e projeção social (Ec 1.2; Mt 23.2-7; Ef 4.17-19). Estes são os que se julgam superiores aos outros, e desprezam os que estão abaixo de sua condição privilegiada (Pv 11.2; 16.18; 21.4).
2) Egoísmo e Avareza. Essas enfermidades caracterizam os chamados “amantes de si mesmos”. Elas fazem com que as pessoas sejam individualistas e nutram desejos irrefreáveis de alcançar seus interesses pessoais em detrimento do respeito e amor pelo outro. O egoísta é ambicioso e narcisista: adora a si mesmo (2 Tm 3.2). Já o avarento, “amante do dinheiro”, é obcecado pelo lucro (Pv 21.6). Nestes últimos dias, o materialismo tem levado as pessoas a se digladiarem pelo vil metal e, infelizmente, as promessas de “fortuna fácil” têm atingido os púlpitos de muitas igrejas (1 Tm 6.10). Todavia, a Palavra de Deus é incisiva: “guardai-vos da avareza” (Lc 12.15-21; Hb 13.5).
3) Incontinência. Essa é a doença que faz com que as pessoas não tenham domínio de si mesmas, isto é, não consigam refrear seus impulsos naturais dominados pelo pecado. Isso fica claro em Romanos 1.23-32, quando a Bíblia nos adverte enfaticamente acerca desta condição pecaminosa. A Palavra de Deus nos admoesta a fazermos tudo com moderação, autocontrole e disciplina (Gl 5.22; 2 Tm 1.7). Porém, muitas vezes a incontinência leva as pessoas a rejeitarem a Deus, se entregando AA libertinagem, à prostituição e aos vícios infames.
4) Desobediência aos pais e ingratidão. É de se notar que ao longo da história, a cultura anticristã tem incentivado a desobediência ao mandamento divino, explícito em Êxodo 20.12, que ordena aos filhos honrar pai e mãe. Entretanto, nada se compara à insubordinação obstinada dos filhos aos pais nesses últimos dias (Rm 1.30; 1 Tm 1.9). Lembremos que a responsabilidade de educar os filhos não é dos avós, nem da escola e igreja, muito menos do Estado. Esse dever é dos pais (Dt 6.6,7; Sl 127.3-5; Pv 22.6). A ingratidão, por sua vez, é uma conseqüência da apostasia destes últimos tempos. Sempre que há uma ascensão do paganismo e do pecado, os homens tendem à ingratidão (Rm 1.21).
5) Desamor e Crueldade. Há por toda parte pessoas desprovidas de `afeto natural´, isto é, que não têm afeição, amor e cuidado nem mesmo pela própria família. São pais desafeiçoados aos filhos, e filhos que não têm a menor consideração e carinho pelos pais (1 Tm 1.9; Ef 6.1-4). Desde o passado distante, o desamor e a crueldade têm caminhado juntos revelando a irracionalidade e a selvageria dos homens (Êx 1.22; 2 Rs 25.7). A Bíblia nos alerta sobre os que “respiram crueldade” contra seus desafetos (Sl 27.12). A falta de afeição dos ímpios faz com que até seus animais sofram (Pv 12.10 cf. Nm 22.27). Não nos enganemos! Os “últimos dias” não serão menos violentos que os do tempo pré-diluviano (Gn 6.5,11).

6) Dureza de coração e Calúnia. O perdão e a reconciliação são atributos necessários à convivência social e religiosa. Porém, a Palavra de Deus nos adverte que nos últimos dias, os homens tornar-se-ão irretratáveis, “duros de coração”, e incapazes de perdoar. Nas regras de sobrevivência do mundo moderno não há espaço para a compaixão e perdão. Jesus, em seu conhecido sermão do monte, condenou taxativamente o rancor vingativo, e enobreceu a mansidão e a graça (Mt 5.5,9, 21-26; 11.29; Mc 11.25). A calúnia, no original “diábolos”, é outra doença terrível desse século. São caluniadores aqueles que se comprazem em depreciar a honra e a moral alheia (Tt 2.3). O difamador, diz a Bíblia, “separa os maiores amigos” (Pv 16.28).
7) Traição e Hipocrisia. São desvios de caráter próprios de certos executivos e políticos que se orgulham de enganar seus concorrentes e descumprirem suas promessas em razão de suas conveniências pessoais (Is 32.6; Lc 12.1; 1 Tm 4.2). Infelizmente, essas doenças atingem todas as áreas e níveis da sociedade (Is 9.17; Mt 6.2,5, 16). Não nos esqueçamos de que até no colégio apostólico houve um discípulo traidor e hipócrita (Mt 26.47-50; Jo 12.3-6). Assim como Judas, muitos têm aparência de piedade, mas são lobos devoradores (MT 7.15).
8) Aversão ao bem. Nos últimos dias, diz-nos a Palavra de Deus, os homens serão inimigos do bem e negar-se-ão a praticá-lo. Desprezarão os bons e amarão os maus (Sl 14.1; Pv 28.5; 2 Tm 3.13). Atualmente, a indústria do entretenimento tem induzido nossas crianças a gostarem de “heróis” de caráter explicitamente mau, seres demoníacos e monstros malignos através de jogos eletrônicos e das histórias em quadrinhos. Contudo, o cristão deve ser “amigo do bem” (Tt 1.8).
9)Abuso de poder. Diz respeito aos homens obstinados, orgulhosos e atrevidos que abusam do poder temporário, cultuando a própria personalidade (Ez 28.5-8; Jo 19.10,11; At 12.20-23). Aqui também estão incluídos aqueles obreiros de ministérios independentes, que não obedecem nem prestam contas a ninguém (2 Cr 26.18-21).
Reconsideremos o exemplo do servo que espancava os conservos na ausência do seu senhor (Mt 24.46-51).
A Escritura exorta à obediência aos pastores (Hb 13.7,17; 1 Ts 5.12,13), mas ordena que o ministro presida “com cuidado” e “governe bem” (Rm 12.8c; 1 Tm 5.17).
10) Blasfêmia e Irreverência. Os blasfemos são os que difamam a honra alheia. Há os que ultrajam a glória de Deus (Lv 24.16; Mt 12.22-32; 15.19; Mc 3.28,29), e aqueles que difamam o comportamento religioso do cristão e a doutrina (At 26.9-11; 1 Tm 6.1; Tg 2.6,7). Não devemos, porém, dar motivos para os ímpios blasfemarem contra o Senhor e o Evangelho (2 Sm 12.14; 1 Tm 6.1) Os blasfemos também são irreverentes. O termo “irreverente” significa “ímpio” ou “sem respeito pelo sagrado”. No final dos tempos os homens se afastarão de Deus a ponto de perderem o respeito pelas coisas santas. Lamentavelmente, a pior profanação, algumas vezes, manifesta-se na Casa de Deus, com a falta de sinceridade e irreverência durante o culto divino (Sl 93.5; Is 56.7; Mc 11.17).
11) Apego aos prazeres mundanos. A Bíblia vaticina que nos últimos dias os homens viverão em função do aprazimento deste mundo (Lc 12.19), isto é, serão “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”. O estilo de vida mundano, chamado atualmente de hedonismo, prega que o principal alvo da vida humana é a obtenção do prazer, a fim de evitar a dor e o sofrimento (Pv 21.17; 2 Pe 2.13). Porém, a Palavra de Deus nos assevera: “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito,, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20).
Conclusão – A Bíblia, em Efésios 6.10-18, afirma que devemos nos fortalecer no Senhor e nos revestir de toda a armadura de Deus, a fim de que estejamos firmes contra as astutas ciladas do Diabo e possamos resistir “no dia mau”. Esse “dia” é agora! Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz (Rm 13.12).

sábado, 11 de abril de 2009

Depois do Calvário,o sepulcro vazio, o júbilo da páscoa

Texto:Rm 6.5
Através da morte de Jesus abriu-se a porta do céu para nós.
Os três dias entre a Sexta-Feira da Paixão e a Páscoa, entre a morte e a ressurreição de Jesus, não são apenas os dias mais importantes da Sua vida, mas também os mais importantes para toda a humanidade. Se esses dois acontecimentos não tivessem ocorrido, seríamos as criaturas mais miseráveis do mundo. Não teremos vida eterna no céu a não ser que entreguemos nossas vidas a Jesus durante nossa existência terrena. Que permuta abençoada! Você está disposto a entregar ao Senhor sua vida pecaminosa? Em troca Ele lhe dará Sua vida eterna! De outro modo, Jesus não precisaria ter suportado a crucificação por nós. Prezado leitor, tenha consciência disto: a morte e a ressureição de Jesus têm conseqüências pessoais para seu futuro eterno. Pense no caminho de salvação pelo qual Deus conduziu Israel no passado, e que teve cumprimento em Seu Filho Jesus. Avalie as implicações para sua vida e tome uma decisão
Nosso modelo: o procedimento de Deus com Israel
Israel comemora na páscoa (pessach) o que nós lembramos na Sexta-Feira da Paixão. Mas, infelizmente, Israel ainda não entende a Páscoa. A festa judaica de pessach é uma festa memorial da noite anterior à libertação do cativeiro e da escravidão no Egito, que duraram 430 anos. Deus havia ordenado ao povo da Sua aliança que passasse o sangue de um cordeiro nas ombreiras e vergas das portas de suas casas, para poupar da morte os primogênitos dos hebreus, levando-os à libertação do jugo egípcio. Com esse sangue Israel foi protegido do juízo de Deus sobre o Egito e salvo para partir em liberdade. Isso teve grande significado profético, pois assim Deus anunciou nossa salvação a ser realizada no Calvário.
Deus ordenou ao povo da Sua aliança que mantivesse viva a lembrança dessa libertação maravilhosa e comemorasse anualmente a festa da páscoa como recordação. Essa maravilhosa história é contada no livro do Êxodo. Também Jesus sempre comemorava a festa da páscoa. Da última vez, Ele a comemorou consciente de Sua morte iminente, quando Ele próprio seria o Cordeiro Pascal, conforme a vontade de Seu Pai.
Assim como a salvação de Israel aconteceu por meio de um sacrifício de sangue, é necessário o sangue de Jesus para nossa salvação eterna. Deus disse ao povo da Sua aliança: “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv 17.11). Hebreus 9.22 confirma: “...sem derramamento de sangue, não há remissão”. Precisamos ter em mente: o perdão dos nossos pecados sempre depende do sangue expiatório inocente. Essa é a eterna e imutável lei de Deus!
Por essa razão, na Antiga Aliança foram derramados rios de sangue de animais, conforme as leis dos sacrifícios. Esse sangue cobria o pecado, mas não podia eliminá-lo. Incontáveis animais inocentes morreram pelas pessoas. Que coisa desagradável, brutal e macabra! Mas para Deus o pecado é ainda mais repugnante, brutal e macabro! E naturalmente a morte de animais inocentes tinha de acontecer por imolação. Quando se conta essa história às crianças, inevitavelmente elas dizem que os animais inocentes não tinham culpa e sentem pena deles. Certo! Mas justamente esse é o significado do sacrifício. Trata-se de bem mais que um simples ritual, porque somente sangue inocente pode produzir expiação. Jesus estava disposto a oferecer Sua vida singular, inocente e santa em sacrifício no altar. Por você e por mim! Só por esse caminho foi possível realizar a expiação pelos seus e pelos meus pecados. Isto não existe em nenhuma outra religião: plena libertação do fardo do pecado. A Epístola aos Hebreus explica a respeito de Jesus: “Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção” (Hb 9.12).
A morte de Jesus não é algo vago
Em outras palavras: a morte de Jesus não deve deixar indiferentes, neutros ou apáticos nem aos judeus nem aos gentios, nem a você nem a mim. Pois, em primeiro lugar, a morte de Jesus está diretamente relacionada com nosso pecado e, em segundo lugar, todos nós teremos de comparecer diante dEle e prestar contas de nossos atos e das nossas omissões.
“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte...” Você já meditou a respeito do Calvário, também chamado de Monte da Caveira, onde Jesus expirou com as palavras “Está consumado!”? É algo profundo e emocionante lembrar desse lugar tão significativo! Mas meditar e chorar pelo fato histórico da morte brutal de Jesus não é nada mais que uma emoção passageira, se você não estiver completamente identificado com Jesus, caso você não se tenha tornado um com Cristo em Sua terrível morte. Isso vale para todos nós, independentemente do lugar em que vivemos. A Bíblia Viva diz em Romanos 6.5: “Vocês são agora uma parte dEle, e assim é que morreram com Ele, por assim dizer, quando Ele morreu, e agora participam da sua vida nova, e ressuscitarão como Ele ressuscitou.” Para você (e naturalmente também para mim) isso significa, falando de maneira bem simples: é preciso tornar-se um com Cristo em Sua morte. O que quer dizer isso? É preciso ser crucificado? Não! Alguém já fez isso por você! O apóstolo Paulo diz: “sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” (Rm 6.6), e: “Estou crucificado com Cristo” (Gl 2.19).
Quem recebeu de Jesus o perdão de seus pecados e uma nova vida, tem a imperiosa necessidade de agradecer ao seu Salvador e, mais ainda, de ficar íntima e eternamente em comunhão com Ele. Essa é a característica de uma conversão verdadeira. Uma pessoa renascida reconhece pelas Sagradas Escrituras que tem a possibilidade e a obrigação de entregar sua vida na morte de Jesus. Por exemplo, quando um crente é batizado e submerso nas águas, isso significa simbolicamente para ele: “Estou sendo batizado na morte de Jesus no sepulcro das águas. Entrego à morte minha natureza adâmica pecaminosa. Separo-me de minha velha vida de pecados e vou levantar na certeza da ressurreição. Sepultado com Cristo, ressurreto com Cristo!” Isso é salvação! Isso é certeza de salvação! “Quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16.16). Porém, o batismo em si não tem poder de salvar e também não nos torna “melhores”, pois a fé em Jesus Cristo é a condição para a salvação. “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6.4). A morte de Jesus, portanto, não deve continuar sendo indiferente para nós, ela não deve nos deixar apáticos, mas precisa manifestar-se em nós de maneira salvadora pela entrega consciente de nossa vida ao Salvador.
“...certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”
Desviemos nosso olhar do Calvário para o sepulcro. Ele está aberto, a pedra se foi. Pode-se entrar. Nem o cadáver nem os ossos foram jamais encontrados ali dentro, pois o sepulcro estava vazio. “Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mt 28.5-6). Mais tarde Ele apareceu a Seus discípulos temerosos, sem censurá-los por não terem sido fiéis até o fim. Ele colocou-Se em seu meio saudando: “Shalom! Paz!”
Jesus, que esteve antes dependurado na cruz, rompeu as correntes da morte e saiu do sepulcro como herói ressurreto. Que enorme poder foi manifestado ali! Jamais, no Universo inteiro, havia entrado em ação uma energia tão grande, milhões de vezes superior a qualquer energia atômica. A morte, o último inimigo, foi vencida por Jesus! Todos os descendentes de Adão estavam sujeitos a ela, que fazia da terra um cemitério. Muitos ignoram a morte, lançando-se em prazeres, agitação e euforia. Outros lutam desesperadamente contra a morte, mas ela prende a todos em sua maldição. Quaisquer tratamentos de rejuvenescimento, toda a revolta contra a morte, qualquer resistência, são inúteis: a morte alcança a todos com implacável certeza: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12). “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto o juízo” (Hb 9.27). Jamais conseguiremos avaliar a profundidade dos sofrimentos da morte de Jesus. Nunca poderemos entender a gravidade da ira de Deus sobre o pecado, a gravidade do juízo que Jesus tomou sobre Si. Esse foi o preço que Ele pagou pela vitória da ressurreição: “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade” (Hb 5.7). A Bíblia Viva diz: “Ainda mais, enquanto estava aqui na terra, Cristo suplicou a Deus, orando com lágrimas e agonia de alma ao único que O salvaria da morte (prematura). E Deus ouviu as orações dEle por causa do seu intenso desejo de obedecer a Deus em todos os momentos.” O profeta Isaías já profetizou 700 anos antes: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.4-5).
Como foi grande o Seu amor por nós, fazendo-O tomar o amargo cálice do sofrimento até a última gota! Só isso levou ao triunfo: “vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem” (Hb 2.9). Ele fez isso por você e por mim! Será possível que um amor tão grande deixe você indiferente?
Desde o Calvário, todos os filhos de Deus são incluídos no triunfo da ressurreição de nosso Salvador Jesus Cristo: “...o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (2 Tm 1.10). Quem nasceu de Deus é participante da ressureição e da vida eterna na glória: “Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente” (Jo 8.51). Um ser humano jamais poderia afirmar algo assim a respeito de si mesmo. Mas essas são palavras ditas na autoridade suprema e com o poder dAquele que venceu a morte.
Agora a morte não consegue mais reter nenhum filho de Deus. Aqueles que são propriedade de Jesus, que têm fé no Senhor, não verão a morte nem o inferno quando falecerem. Nem o purgatório ou algum “fogo purificador” são mencionados em qualquer parte da Palavra de Deus. Caso existisse essa possibilidade após a morte, Jesus nos teria informado a respeito. Mesmo ao malfeitor na cruz o Senhor disse: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Se morrermos na fé em Jesus Cristo, estaremos com o Senhor e ficaremos eternamente com Ele. Se não morrermos no Senhor, então as orações também não nos levarão ao céu, pois entre o céu e o inferno existe um abismo intransponível. Encontramos a confirmação desse fato na história do rico e de Lázaro no Evangelho de Lucas, capítulo 16.
Júbilo de Páscoa
Paulo, o apóstolo judeu, estava seguro em sua esperança eterna ao dizer: “Estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2 Co 5.8). Então, se você é propriedade de Jesus, alegre-se, pois vale para você aquilo que Jesus falou a Seus discípulos: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar” (Jo 14.1-2). Portanto, não se assuste, prezado filho de Deus, e não tenha medo do sepulcro! Se viveu no Senhor, você também vai morrer no Senhor, e ressuscitará quando a trombeta soar. Então também o seu sepulcro estará vazio! Quem foi crucificado com Cristo também ressuscitará com Ele: “Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Ts 4.14-16). Esse é o nosso júbilo de Páscoa! O que você ainda tiver de sofrer – sofra-o com Jesus! O Vencedor da morte o conduzirá em Sua vitória para muito além do sepulcro, até a grandiosa glória do céu!
Ressurreição e renascimento de Israel
Em Israel, em Jerusalém, aconteceu o maior erro judiciário de todos os tempos. Um judeu absolutamente inocente, Rei e Messias de Israel, Filho de Deus, foi executado como criminoso. Israel, como povo, até aos dias de hoje ainda está cego e morto em seus pecados, por ter rejeitado o Messias. Preocupa-nos que Israel não conheça a Páscoa, com exceção dos judeus que crêem no Messias. Mas no fim dos dias, quando Israel clamar por ajuda em meio à sua maior aflição, quando Zacarias 12-14 estiverem cumpridos, e quando tiver sido tirado o véu de seus olhos, eles verão Aquele a quem traspassaram – vão reconhecê-lO e aceitá-lO. Esse será o renascimento e a conversão de Israel. Então Israel passará a ser um testemunho confiável e uma bênção para o mundo todo – e nós entoaremos juntamente com eles o júbilo de Páscoa: Jesus vive, e com Ele eu também vivo!

domingo, 18 de janeiro de 2009

A Indiferença do Cristão

Texto: Jonas - 1 - 4 : 6

O livro de Jonas é uma parábola que descreve a vida do crente acomodado, desobediente e indiferente.
Em nossos dias, temos sido envergonhados: pela generosidade dos espíritas; pela dedicação e organização dos mórmons; pela renúncia à própria vida dos muçulmanos; pela incansável catequese das testemunhas de Jeová; pela insuperável paciência dos budistas em meditar no nada; pela devoção apaixonada dos hindus aos deuses mais exóticos. O livro de Jonas é um livro sobre missões.
É um livro que descreve a indiferença do povo de Deus para com o seu chamado, vocação e missão. Em que sentido Jonas é um modelo do crente indiferente?.
I) Jonas foi indiferente à ordem de Deus.
II) Jonas foi indiferente à advertência de Deus.
III) Jonas foi indiferente aos esforços dos outros.
IV) Jonas foi indiferente à gravidade do momento.
V) Jonas foi indiferente ao destino dos outros.
VI) Jonas foi indiferente ao clamor dos outros.
VII) Jonas foi indiferente ao seu próprio destino.
I) Jonas foi indiferente à ordem de Deus.
“Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim”.
Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR.
Qual é a ordem de Deus para sua vida?
Qual foi a ordem específica que Deus lhe deu à qual você tem sido indiferente.
Onde é que Deus tem lhe enviado. Para onde você está sendo comissionado? Qual é a sua Nínive?
II) Jonas foi indiferente à advertência de Deus.
Mas o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar.
*Deus já começou a tempestade dele na sua vida?
*Deus já começou a despedaçar o barco com o qual você pensava em fugir da vontade dele?
III) Jonas foi indiferente aos esforços dos outros.
Então, os marinheiros, cheios de medo, clamavam cada um ao seu deus e lançavam ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem do peso dela. Como é que você tem reagido à situação?

a) Os espíritas não agem de má fé quando apregoam as suas doutrinas, eles acreditam que estão fazendo o melhor para o barco não afundar.
b) Os budistas são sinceros na divulgação dos seus ensinamentos e estão tentando evitar que o barco afunde.
c) Os mulçumanos quando lutam pela expansão do islamismo estão fazendo o que podem para que o barco não afunde.
d) Os católicos quando rezam o terço, quando fazem romaria, estão dando o melhor de si para que o barco não afunde.
Muito embora estejam orando a deuses que não podem responder, a deuses que não têm domínio sobre o universo e seus elementos. Mas eles estão tentando.
E você que como Jonas conhece o Deus verdadeiro, está dormindo o sono da indiferença?
Quanto de compaixão há nos nossos corações pelas milhares de pessoas que estão morrendo a cada minuto e indo para o inferno.
IV) Jonas foi indiferente à gravidade do momento.
1. Eram homens experimentados no mar.
2. Com certeza já haviam enfrentado outras tempestades.
3. Estavam cheios de medo.
4. Clamavam aos seus deuses.
5. Aliviaram a carga do navio.
Vivemos uma hora crucial para o evangelho.
Do ponto de vista interno, o evangelho tem sido diluído numa filosofia de vida egoísta, consumista e interesseira.
As pessoas querem:
mais divertimento, menos compromisso;
mais sinais e menos cruz;
mais a doutrina do momento do que o evangelho bíblico;
mais benefícios e menos sacrifícios;
mais liberdade e menos responsabilidade;
mais sucesso e menos cruz;
mais bênçãos e menos o abençoador.
Do ponto de vista externo e mundano:
a proliferação das seitas,
da violência desenfreada,
da imoralidade disseminada.
do relativismo ético e moral que tem invadido as igrejas;
do sexo livre e sem limites.
V)Jonas foi indiferente ao destino dos outros.
1) Jonas foi indiferente ao Destino dos que estavam no Barco. Jonas não estava muito preocupado com o que poderia a acontecer com aqueles que estavam próximos a ele e que estavam sofrendo as conseqüências de sua desobediência a Deus.
Quantas pessoas estão ao seu lado remando no meio da tempestade, contra a sua visão e estão sofrendo em meio a angústia e o sofrimento, tentando de todas as maneiras evitar que o barco da sua vida afunde.
2)Jonas Foi indiferente ao destino dos ninivitas. Jonas tinha uma ordem específica de Deus de levar a mensagem ao povo de Nínive.

Era um povo violento, povo incrédulo, povo cego, povo idólatra, mas objeto da misericórdia de Deus. Qual é a sua nínive? Teu bairro? Sua cidade? O Sertão? A África? A Índia? Os drogados? Os aidéticos? As prostitutas? Os homossexuais e travestis que estão ocupando as esquinas das nossas cidades? Os órfãos? Os que estão sofrendo nos leitos dos hospitais?
A quem Deus lhe enviou? VI) Jonas foi indiferente ao clamor dos que estavam com ele no Barco.
Chegou-se a ele o mestre do navio e lhe disse: Que se passa contigo? Agarrado no sono? Levanta-te, invoca o teu deus; talvez, assim, esse deus se lembre de nós, para que não pereçamos.
Ao seu redor e ao redor do mundo, há muitos clamando por: salvação, por libertação, consolo, paz.
E o que você faz dorme?
Hoje há clamor no sertão nordestino, na índia das meninas prostituídas pela vontade da família;
na China pelas meninas mortas porque são meninas;
no Afeganistão pelas mulheres que estão sendo apedrejadas e mutiladas, espoliadas em sua liberdade.
Pelos famintos da Somália, da Etiópia.
Há um clamor no mundo.
Onde você está? Como você está?
VII). Jonas foi indiferente ao seu próprio destino.
Jonas, porém, havia descido ao porão e se deitado; e dormia profundamente.
Por causa da sua desobediência você está preste a afundar junto com o barco.
Mas você está preferindo morrer do que a obedecer a Deus.
Você está dizendo, jogue-me no mar, sigam a sua vida, não me importa o que venha a acontecer.
Estou fugindo de Deus e da sua vontade. Se isso não é possível no porão de um barco, quem sabe no fundo do mar?
A dureza do seu coração meu irmão, minha irmã chegou a esse ponto?
Conclusão:
Apesar da nossa indiferença Deus não escolheu outros: Ele escolheu a nós;
Ele só conta conosco.
Ele está buscando homens e mulheres que não fujam.
Ele está buscando homens e mulheres que não se escondam.
Ele está buscando homens e mulheres que discirnam a gravidade do momento.
Ele está buscando homens e mulheres que sobrepujem aos incrédulos em: coragem, renúncia, amor, honestidade, altruísmo, verdade, justiça.
Ele está buscando homens e mulheres sensíveis ao destino dos perdidos.
Ele está buscando homens e mulheres atentos ao clamor dos aflitos e desesperados.
Ele está buscando você.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Evite escolher o Bom ao invés do melhor.

A vida humana é uma série de escolhas. Essas escolhas determinam nosso futuro.
Ao longo de nossas vidas, vivenciamos uma série de escolhas ininterruptas, pois sempre, diariamente, nos colocamos diante de uma nova escolha a ser feita.
Em nossas escolhas nos deparamos diante de dois pontos
importantíssimos: agradar a Deus, escolhendo aquilo que Ele tem de melhor para nossas vidas ou, simplesmente, agradar a nós mesmos, nossa carne, nosso desejo e escolher aquilo que achamos ser bom para nossa vida.
Por isso, as escolhas são, sempre, mais importantes.
São as escolhas – e nunca a sorte – que determinam nosso destino.
Sempre ouvimos dizer que as nossas escolhas atestam o nosso caráter e também que a direção para onde a nossa mente involuntariamente se move demonstra o tipo de pessoas que somos.
O cristão que tem sua mente transformada, sendo “revestida do novo homem”, fará as melhores escolhas. Se formos cristãos carnais, onde o mais importante é agradar ao “eu”, nossas decisões e escolhas sempre irão contra ao que Deus quer para nós.
No entanto, quantos cristãos hoje em dia, em sua ânsia de escolher aquilo que é certo, cometem erros.
Quantos cristãos, por não conhecer o que diz a própria Palavra de Deus, fazem escolhas que lhes definham a alma (Salmo 106.15).
Qual é o perigo que encontramos? É simplesmente o de escolher aquilo que aparentemente é bom, aquilo que não se vê nada contra, nada de errado, que por coincidência até se inúmera inúmeros pontos a favor e, portanto, parece ser o certo, no entanto, porém, não é a perfeita, a explícita vontade de Deus para nossas vidas.
Por muitas vezes, no decorrer de nossas vidas, escolhemos o aquilo que é bom e não aquilo que é melhor.
Parece uma contradição de termos não é mesmo?
Quem em sã consciência escolheria aquilo que é bom no lugar do que é melhor? Quem faria tal loucura?
Mas, a realidade é diferente e diariamente, inúmeros cristãos se deparam com esse tipo de escolha: o bom ao invés do melhor.
Entendendo as Nossas Escolhas
Vejamos rapidamente rápidos exemplos desse tipo de escolha, para melhor compreendermos as nossas próprias:
1) A Escolha “Boa” de Ló (Gênesis 13.8-11).
Ló era sobrinho de Abraão. Infelizmente Abraão errou ao levar esse sobrinho consigo ao sair de Ur dos caldeus, sua terra, pois a ordem de Deus era sair da sua parentela e não levar sua parentela junto (Gênesis 12.1).
Portanto, estavam junto desde essa época. Agora, os rebanhos, as manadas e as tendas multiplicaram, com isso, seus pastores começaram a contender tanto por causa dos pastos que foi necessário fazer uma separação.
Contrariando a cultura da época, Abraão permitiu que seu sobrinho escolhesse primeiro para qual lugar partiria em toda aquela terra.
Lembre-se que o natural seria que Abraão fizesse a escolha primeiro. A escolha insensata de Ló recaiu sobre a planície de Sodoma. Posteriormente Abraão escolheu Hebrom, passando a ser o lugar de sua residência permanente.
A ganância de Ló fez com que escolhesse Sodoma para viver. Uma cidade próspera, com sistema de irrigação já estabelecido, situada próximos a uma grande campina, rica em vegetação, no entanto, essa escolha, aparentemente boa, levou Ló a ficar exposto à impiedade dessa cidade.
Veja o que essa escolha fez com Ló:
1) escolheu aquilo que lhe agravada e não o que agradava a Deus (Gênesis 13.10-11);
2) começou a se aproximar cada vez mais da cidade, mesmo sabendo da sua pecaminosidade e perversidade (Gênesis 13.12-13);
3) se tornou um homem grande em Sodoma, tinha uma posição de autoridade (Gênesis 19.1), no entanto, ao ganhar influência nessa ímpia cidade, perdeu totalmente seu testemunho, ao passo que nem sua própria família aceitava um conselho seu (Gênesis 19.14), tanto que ao se tornar uma pessoa importante, suas filhas aceitaram o padrão moral de Sodoma.
Que triste escolha. Parecia ser tão boa, tão perfeita, mas nada mais que tão completa e longe de Deus.
E assim acontece conosco também quando escolhemos o que nos agrada e não o que agrada a Deus.
Ló ganhou influência e respeito na cidade de Sodoma, mas perdeu seus familiares e o principal, perdeu o contato e a intimidade com Deus.
Abraão mostrou em Quem ele confiava. Que contraste do cristão espiritual com o cristão carnal!

2) A Escolha “Boa” da Nação de Israel (1Samuel 8.4-9).

O propósito de Deus para esta nação era que nunca tivessem um soberano terreno, pois o próprio Deus era Seu Soberano.
No entanto, essa nação se rebelou e pediu um rei, para ser igual a todas as nações.
Aqueles que deveriam ser diferentes, povos exclusivos, nação santa (Êxodo 19.5; Deuteronômio 7.6; 14.2), queriam ser iguais aos demais povos pagãos que nada tinham com Deus.
Ao escolher um rei terreno, não estavam rejeitando ao profeta Samuel, mas sim, a Deus.
E Deus, na sua infinita misericórdia diz: “Já que desejam um rei terreno, Eu irei conceder o desejo do coração deles, o que eles estão pedindo não é o melhor, estão escolhendo aquilo que parece ser bom, mas, irão perceber, mais tarde, a grande tolice que estão fazendo”.
E aqui, vemos mais uma vez a grande tolice e o grande perigo de escolher o bom ao invés do melhor.
A escolha que parecia boa, o motivo parecia bom, a idéia parecia ótima, enfim, inúmeros pontos a favor, mas, infelizmente, não era a vontade explícita de Deus para esta nação. Então Deus: “concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106.15).
O primeiro rei, Saul, foi leal a Deus até que a impaciência, o orgulho, a arrogância entraram em seu coração e perdeu o reino.
O segundo rei, Davi, foi o “homem segundo o coração de Deus”.
O terceiro rei, Salomão, foi o mais sábio, mas nem sua sabedoria fez com que praticasse os atos de idolatria e tantas outras coisas abomináveis diante de Deus, mesmo assim, fora um bom rei.
Após ele, Roboão, perdeu a oportunidade de Deus de ser um rei conforme o padrão divino e a nação ficou dividida.
A nação de Israel recebeu seu rei, porém, gradualmente foi se desviando dos propósitos estabelecidos por Deus, até que foi levada ao cativeiro.
Tristes resultados de uma “boa” escolha. E assim é, aquilo que parecia bom, “fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106.15).
Uma lição: às vezes, Deus pode conceder os nossos desejos, quando escolhemos uma coisa boa no lugar de escolher o melhor Deus,
no entanto, essa mesma concessão de Deus é a maneira dEle fazer com que aprendemos que a escolha correta é dependermos dEle e aceitarmos o melhor de Deus para nossas vidas, mesmo que, no primeiro momento não entendamos isso, mas, no final, saberemos que a escolha correta é aquela que agrada a Deus e não a que agrada a mim mesmo.

3) A Escolha “Boa” de Cada Um de Nós
(Hebreus 6.9).

Um grande desafio que cada um de nós enfrenta é o de compreender o que é o melhor de Deus.
Mas, a partir do momento que compreendemos o que é este melhor de Deus para nossas vidas, nos deparamos com a exigência imediata de uma resposta.
Compreender o melhor de Deus para nossas vidas, requer uma resposta imediata! Para isso, devemos aprender a submeter nossas escolhas à vontade de Deus.
Se um cristão desejar exercer influência em seus familiares, em sua igreja, em seu ambiente de trabalho, enfim, na sociedade, tem que escolher o melhor de Deus
e aprender essa lição: Viver em função de coisas superiores. Viver em função de escolhas melhores. Viver em conformidade com a vontade de Deus.
Quantos pais que se dizem cristãos vivem em função de si mesmos. Suas escolhas refletem diretamente sob seus filhos e cônjuge. Somos exortados pela Bíblia que devemos “buscar em primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).
Mas por que os filhos de alguns cristãos não são bons exemplos de conduta? Por que alguns se comportam de uma maneira tão anticristã?
Por causa do exemplo que tem em seus pais. É claro que alguns filhos de pais cristãos poderão ser belos exemplos de vidas consagradas a Deus, mesmo que seus pais não o sejam, isso é pela misericórdia e pela graça de Deus.
Lembre-se: você não poderá dar o que não tem! Se ainda não aprendeu a escolher o melhor de Deus, precisa aprender primeiro, para depois passar isso a seu filho, esposa, namorada e familiares.
Você deve aprender a conhecer a Deus, amá-Lo e obedecê-Lo primeiro, para poder então levar seus filhos a fazer o mesmo. Qual a sua condição agora?

Veja a história a seguir para entender bem esse dever:

Certo dia vi um garotinho brincando com seus amiguinhos, e ouvi uma conversa entre eles. O assunto era: “Meu pai é melhor que o seu”.
Um dos meninos disse orgulhosamente:
– “Meu pai conhece o prefeito da nossa cidade”.

O outro, então, virou-se e disse:
– “Grande coisa! O meu conhece o governador do Estado”.

Imaginando o que viria a seguir naquela disputa, ouvi o filho de um cristão dizer:
– “Isso não é nada, meu pai conhece a Deus!”.

Sai, então, de fininho do lugar onde estava “espionando”, com lágrimas escorrendo pelo rosto. indo direto ao quarto, cai de joelhos e ora de forma genuína e grata: “Senhor, que meu filho possa sempre dizer: Meu pai conhece a Deus!”

Seu filho pode dizer que você conhece a Deus?
Seu cônjuge pode dizer isso?
Sua namorada pode?
Seus pais? Seus familiares? Seus amigos?

A Escolha “Melhor” (1Pedro 3.17).

A quem podemos comparar em escolher sempre o melhor de Deus.
Jesus Cristo, sempre, em todos os aspectos de sua vida, escolheu o melhor de Deus, sempre escolheu o padrão mais alto, o mais excelente.
Vejamos o que a própria Bíblia declara sobre isso:
“E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mateus 20.27-28).

Conclusão
Buscar o melhor de Deus é ir além.
Mas ir além custa, no entanto, é ir além que faz toda a diferença.
Fazendo isso, daí sim, poderemos oferecer nossos corpos “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12.1).
Quero concluir com um desafio muito especial.
Para buscarmos o melhor de Deus para nossas vidas devemos entregar nossas vidas.
Entrega traz poder.
Examine sua vida e verifique se estás buscando aquilo que é bom ou aquilo que é o melhor de Deus.
Se existe pecado, confesse. Uma entrega incondicional trará poder inconfundível. Devemos nos entregar, sem reservas, ao senhorio de Cristo.

Amém