domingo, 18 de janeiro de 2009

A Indiferença do Cristão

Texto: Jonas - 1 - 4 : 6

O livro de Jonas é uma parábola que descreve a vida do crente acomodado, desobediente e indiferente.
Em nossos dias, temos sido envergonhados: pela generosidade dos espíritas; pela dedicação e organização dos mórmons; pela renúncia à própria vida dos muçulmanos; pela incansável catequese das testemunhas de Jeová; pela insuperável paciência dos budistas em meditar no nada; pela devoção apaixonada dos hindus aos deuses mais exóticos. O livro de Jonas é um livro sobre missões.
É um livro que descreve a indiferença do povo de Deus para com o seu chamado, vocação e missão. Em que sentido Jonas é um modelo do crente indiferente?.
I) Jonas foi indiferente à ordem de Deus.
II) Jonas foi indiferente à advertência de Deus.
III) Jonas foi indiferente aos esforços dos outros.
IV) Jonas foi indiferente à gravidade do momento.
V) Jonas foi indiferente ao destino dos outros.
VI) Jonas foi indiferente ao clamor dos outros.
VII) Jonas foi indiferente ao seu próprio destino.
I) Jonas foi indiferente à ordem de Deus.
“Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim”.
Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR.
Qual é a ordem de Deus para sua vida?
Qual foi a ordem específica que Deus lhe deu à qual você tem sido indiferente.
Onde é que Deus tem lhe enviado. Para onde você está sendo comissionado? Qual é a sua Nínive?
II) Jonas foi indiferente à advertência de Deus.
Mas o SENHOR lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar.
*Deus já começou a tempestade dele na sua vida?
*Deus já começou a despedaçar o barco com o qual você pensava em fugir da vontade dele?
III) Jonas foi indiferente aos esforços dos outros.
Então, os marinheiros, cheios de medo, clamavam cada um ao seu deus e lançavam ao mar a carga que estava no navio, para o aliviarem do peso dela. Como é que você tem reagido à situação?

a) Os espíritas não agem de má fé quando apregoam as suas doutrinas, eles acreditam que estão fazendo o melhor para o barco não afundar.
b) Os budistas são sinceros na divulgação dos seus ensinamentos e estão tentando evitar que o barco afunde.
c) Os mulçumanos quando lutam pela expansão do islamismo estão fazendo o que podem para que o barco não afunde.
d) Os católicos quando rezam o terço, quando fazem romaria, estão dando o melhor de si para que o barco não afunde.
Muito embora estejam orando a deuses que não podem responder, a deuses que não têm domínio sobre o universo e seus elementos. Mas eles estão tentando.
E você que como Jonas conhece o Deus verdadeiro, está dormindo o sono da indiferença?
Quanto de compaixão há nos nossos corações pelas milhares de pessoas que estão morrendo a cada minuto e indo para o inferno.
IV) Jonas foi indiferente à gravidade do momento.
1. Eram homens experimentados no mar.
2. Com certeza já haviam enfrentado outras tempestades.
3. Estavam cheios de medo.
4. Clamavam aos seus deuses.
5. Aliviaram a carga do navio.
Vivemos uma hora crucial para o evangelho.
Do ponto de vista interno, o evangelho tem sido diluído numa filosofia de vida egoísta, consumista e interesseira.
As pessoas querem:
mais divertimento, menos compromisso;
mais sinais e menos cruz;
mais a doutrina do momento do que o evangelho bíblico;
mais benefícios e menos sacrifícios;
mais liberdade e menos responsabilidade;
mais sucesso e menos cruz;
mais bênçãos e menos o abençoador.
Do ponto de vista externo e mundano:
a proliferação das seitas,
da violência desenfreada,
da imoralidade disseminada.
do relativismo ético e moral que tem invadido as igrejas;
do sexo livre e sem limites.
V)Jonas foi indiferente ao destino dos outros.
1) Jonas foi indiferente ao Destino dos que estavam no Barco. Jonas não estava muito preocupado com o que poderia a acontecer com aqueles que estavam próximos a ele e que estavam sofrendo as conseqüências de sua desobediência a Deus.
Quantas pessoas estão ao seu lado remando no meio da tempestade, contra a sua visão e estão sofrendo em meio a angústia e o sofrimento, tentando de todas as maneiras evitar que o barco da sua vida afunde.
2)Jonas Foi indiferente ao destino dos ninivitas. Jonas tinha uma ordem específica de Deus de levar a mensagem ao povo de Nínive.

Era um povo violento, povo incrédulo, povo cego, povo idólatra, mas objeto da misericórdia de Deus. Qual é a sua nínive? Teu bairro? Sua cidade? O Sertão? A África? A Índia? Os drogados? Os aidéticos? As prostitutas? Os homossexuais e travestis que estão ocupando as esquinas das nossas cidades? Os órfãos? Os que estão sofrendo nos leitos dos hospitais?
A quem Deus lhe enviou? VI) Jonas foi indiferente ao clamor dos que estavam com ele no Barco.
Chegou-se a ele o mestre do navio e lhe disse: Que se passa contigo? Agarrado no sono? Levanta-te, invoca o teu deus; talvez, assim, esse deus se lembre de nós, para que não pereçamos.
Ao seu redor e ao redor do mundo, há muitos clamando por: salvação, por libertação, consolo, paz.
E o que você faz dorme?
Hoje há clamor no sertão nordestino, na índia das meninas prostituídas pela vontade da família;
na China pelas meninas mortas porque são meninas;
no Afeganistão pelas mulheres que estão sendo apedrejadas e mutiladas, espoliadas em sua liberdade.
Pelos famintos da Somália, da Etiópia.
Há um clamor no mundo.
Onde você está? Como você está?
VII). Jonas foi indiferente ao seu próprio destino.
Jonas, porém, havia descido ao porão e se deitado; e dormia profundamente.
Por causa da sua desobediência você está preste a afundar junto com o barco.
Mas você está preferindo morrer do que a obedecer a Deus.
Você está dizendo, jogue-me no mar, sigam a sua vida, não me importa o que venha a acontecer.
Estou fugindo de Deus e da sua vontade. Se isso não é possível no porão de um barco, quem sabe no fundo do mar?
A dureza do seu coração meu irmão, minha irmã chegou a esse ponto?
Conclusão:
Apesar da nossa indiferença Deus não escolheu outros: Ele escolheu a nós;
Ele só conta conosco.
Ele está buscando homens e mulheres que não fujam.
Ele está buscando homens e mulheres que não se escondam.
Ele está buscando homens e mulheres que discirnam a gravidade do momento.
Ele está buscando homens e mulheres que sobrepujem aos incrédulos em: coragem, renúncia, amor, honestidade, altruísmo, verdade, justiça.
Ele está buscando homens e mulheres sensíveis ao destino dos perdidos.
Ele está buscando homens e mulheres atentos ao clamor dos aflitos e desesperados.
Ele está buscando você.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Evite escolher o Bom ao invés do melhor.

A vida humana é uma série de escolhas. Essas escolhas determinam nosso futuro.
Ao longo de nossas vidas, vivenciamos uma série de escolhas ininterruptas, pois sempre, diariamente, nos colocamos diante de uma nova escolha a ser feita.
Em nossas escolhas nos deparamos diante de dois pontos
importantíssimos: agradar a Deus, escolhendo aquilo que Ele tem de melhor para nossas vidas ou, simplesmente, agradar a nós mesmos, nossa carne, nosso desejo e escolher aquilo que achamos ser bom para nossa vida.
Por isso, as escolhas são, sempre, mais importantes.
São as escolhas – e nunca a sorte – que determinam nosso destino.
Sempre ouvimos dizer que as nossas escolhas atestam o nosso caráter e também que a direção para onde a nossa mente involuntariamente se move demonstra o tipo de pessoas que somos.
O cristão que tem sua mente transformada, sendo “revestida do novo homem”, fará as melhores escolhas. Se formos cristãos carnais, onde o mais importante é agradar ao “eu”, nossas decisões e escolhas sempre irão contra ao que Deus quer para nós.
No entanto, quantos cristãos hoje em dia, em sua ânsia de escolher aquilo que é certo, cometem erros.
Quantos cristãos, por não conhecer o que diz a própria Palavra de Deus, fazem escolhas que lhes definham a alma (Salmo 106.15).
Qual é o perigo que encontramos? É simplesmente o de escolher aquilo que aparentemente é bom, aquilo que não se vê nada contra, nada de errado, que por coincidência até se inúmera inúmeros pontos a favor e, portanto, parece ser o certo, no entanto, porém, não é a perfeita, a explícita vontade de Deus para nossas vidas.
Por muitas vezes, no decorrer de nossas vidas, escolhemos o aquilo que é bom e não aquilo que é melhor.
Parece uma contradição de termos não é mesmo?
Quem em sã consciência escolheria aquilo que é bom no lugar do que é melhor? Quem faria tal loucura?
Mas, a realidade é diferente e diariamente, inúmeros cristãos se deparam com esse tipo de escolha: o bom ao invés do melhor.
Entendendo as Nossas Escolhas
Vejamos rapidamente rápidos exemplos desse tipo de escolha, para melhor compreendermos as nossas próprias:
1) A Escolha “Boa” de Ló (Gênesis 13.8-11).
Ló era sobrinho de Abraão. Infelizmente Abraão errou ao levar esse sobrinho consigo ao sair de Ur dos caldeus, sua terra, pois a ordem de Deus era sair da sua parentela e não levar sua parentela junto (Gênesis 12.1).
Portanto, estavam junto desde essa época. Agora, os rebanhos, as manadas e as tendas multiplicaram, com isso, seus pastores começaram a contender tanto por causa dos pastos que foi necessário fazer uma separação.
Contrariando a cultura da época, Abraão permitiu que seu sobrinho escolhesse primeiro para qual lugar partiria em toda aquela terra.
Lembre-se que o natural seria que Abraão fizesse a escolha primeiro. A escolha insensata de Ló recaiu sobre a planície de Sodoma. Posteriormente Abraão escolheu Hebrom, passando a ser o lugar de sua residência permanente.
A ganância de Ló fez com que escolhesse Sodoma para viver. Uma cidade próspera, com sistema de irrigação já estabelecido, situada próximos a uma grande campina, rica em vegetação, no entanto, essa escolha, aparentemente boa, levou Ló a ficar exposto à impiedade dessa cidade.
Veja o que essa escolha fez com Ló:
1) escolheu aquilo que lhe agravada e não o que agradava a Deus (Gênesis 13.10-11);
2) começou a se aproximar cada vez mais da cidade, mesmo sabendo da sua pecaminosidade e perversidade (Gênesis 13.12-13);
3) se tornou um homem grande em Sodoma, tinha uma posição de autoridade (Gênesis 19.1), no entanto, ao ganhar influência nessa ímpia cidade, perdeu totalmente seu testemunho, ao passo que nem sua própria família aceitava um conselho seu (Gênesis 19.14), tanto que ao se tornar uma pessoa importante, suas filhas aceitaram o padrão moral de Sodoma.
Que triste escolha. Parecia ser tão boa, tão perfeita, mas nada mais que tão completa e longe de Deus.
E assim acontece conosco também quando escolhemos o que nos agrada e não o que agrada a Deus.
Ló ganhou influência e respeito na cidade de Sodoma, mas perdeu seus familiares e o principal, perdeu o contato e a intimidade com Deus.
Abraão mostrou em Quem ele confiava. Que contraste do cristão espiritual com o cristão carnal!

2) A Escolha “Boa” da Nação de Israel (1Samuel 8.4-9).

O propósito de Deus para esta nação era que nunca tivessem um soberano terreno, pois o próprio Deus era Seu Soberano.
No entanto, essa nação se rebelou e pediu um rei, para ser igual a todas as nações.
Aqueles que deveriam ser diferentes, povos exclusivos, nação santa (Êxodo 19.5; Deuteronômio 7.6; 14.2), queriam ser iguais aos demais povos pagãos que nada tinham com Deus.
Ao escolher um rei terreno, não estavam rejeitando ao profeta Samuel, mas sim, a Deus.
E Deus, na sua infinita misericórdia diz: “Já que desejam um rei terreno, Eu irei conceder o desejo do coração deles, o que eles estão pedindo não é o melhor, estão escolhendo aquilo que parece ser bom, mas, irão perceber, mais tarde, a grande tolice que estão fazendo”.
E aqui, vemos mais uma vez a grande tolice e o grande perigo de escolher o bom ao invés do melhor.
A escolha que parecia boa, o motivo parecia bom, a idéia parecia ótima, enfim, inúmeros pontos a favor, mas, infelizmente, não era a vontade explícita de Deus para esta nação. Então Deus: “concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106.15).
O primeiro rei, Saul, foi leal a Deus até que a impaciência, o orgulho, a arrogância entraram em seu coração e perdeu o reino.
O segundo rei, Davi, foi o “homem segundo o coração de Deus”.
O terceiro rei, Salomão, foi o mais sábio, mas nem sua sabedoria fez com que praticasse os atos de idolatria e tantas outras coisas abomináveis diante de Deus, mesmo assim, fora um bom rei.
Após ele, Roboão, perdeu a oportunidade de Deus de ser um rei conforme o padrão divino e a nação ficou dividida.
A nação de Israel recebeu seu rei, porém, gradualmente foi se desviando dos propósitos estabelecidos por Deus, até que foi levada ao cativeiro.
Tristes resultados de uma “boa” escolha. E assim é, aquilo que parecia bom, “fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106.15).
Uma lição: às vezes, Deus pode conceder os nossos desejos, quando escolhemos uma coisa boa no lugar de escolher o melhor Deus,
no entanto, essa mesma concessão de Deus é a maneira dEle fazer com que aprendemos que a escolha correta é dependermos dEle e aceitarmos o melhor de Deus para nossas vidas, mesmo que, no primeiro momento não entendamos isso, mas, no final, saberemos que a escolha correta é aquela que agrada a Deus e não a que agrada a mim mesmo.

3) A Escolha “Boa” de Cada Um de Nós
(Hebreus 6.9).

Um grande desafio que cada um de nós enfrenta é o de compreender o que é o melhor de Deus.
Mas, a partir do momento que compreendemos o que é este melhor de Deus para nossas vidas, nos deparamos com a exigência imediata de uma resposta.
Compreender o melhor de Deus para nossas vidas, requer uma resposta imediata! Para isso, devemos aprender a submeter nossas escolhas à vontade de Deus.
Se um cristão desejar exercer influência em seus familiares, em sua igreja, em seu ambiente de trabalho, enfim, na sociedade, tem que escolher o melhor de Deus
e aprender essa lição: Viver em função de coisas superiores. Viver em função de escolhas melhores. Viver em conformidade com a vontade de Deus.
Quantos pais que se dizem cristãos vivem em função de si mesmos. Suas escolhas refletem diretamente sob seus filhos e cônjuge. Somos exortados pela Bíblia que devemos “buscar em primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).
Mas por que os filhos de alguns cristãos não são bons exemplos de conduta? Por que alguns se comportam de uma maneira tão anticristã?
Por causa do exemplo que tem em seus pais. É claro que alguns filhos de pais cristãos poderão ser belos exemplos de vidas consagradas a Deus, mesmo que seus pais não o sejam, isso é pela misericórdia e pela graça de Deus.
Lembre-se: você não poderá dar o que não tem! Se ainda não aprendeu a escolher o melhor de Deus, precisa aprender primeiro, para depois passar isso a seu filho, esposa, namorada e familiares.
Você deve aprender a conhecer a Deus, amá-Lo e obedecê-Lo primeiro, para poder então levar seus filhos a fazer o mesmo. Qual a sua condição agora?

Veja a história a seguir para entender bem esse dever:

Certo dia vi um garotinho brincando com seus amiguinhos, e ouvi uma conversa entre eles. O assunto era: “Meu pai é melhor que o seu”.
Um dos meninos disse orgulhosamente:
– “Meu pai conhece o prefeito da nossa cidade”.

O outro, então, virou-se e disse:
– “Grande coisa! O meu conhece o governador do Estado”.

Imaginando o que viria a seguir naquela disputa, ouvi o filho de um cristão dizer:
– “Isso não é nada, meu pai conhece a Deus!”.

Sai, então, de fininho do lugar onde estava “espionando”, com lágrimas escorrendo pelo rosto. indo direto ao quarto, cai de joelhos e ora de forma genuína e grata: “Senhor, que meu filho possa sempre dizer: Meu pai conhece a Deus!”

Seu filho pode dizer que você conhece a Deus?
Seu cônjuge pode dizer isso?
Sua namorada pode?
Seus pais? Seus familiares? Seus amigos?

A Escolha “Melhor” (1Pedro 3.17).

A quem podemos comparar em escolher sempre o melhor de Deus.
Jesus Cristo, sempre, em todos os aspectos de sua vida, escolheu o melhor de Deus, sempre escolheu o padrão mais alto, o mais excelente.
Vejamos o que a própria Bíblia declara sobre isso:
“E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mateus 20.27-28).

Conclusão
Buscar o melhor de Deus é ir além.
Mas ir além custa, no entanto, é ir além que faz toda a diferença.
Fazendo isso, daí sim, poderemos oferecer nossos corpos “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12.1).
Quero concluir com um desafio muito especial.
Para buscarmos o melhor de Deus para nossas vidas devemos entregar nossas vidas.
Entrega traz poder.
Examine sua vida e verifique se estás buscando aquilo que é bom ou aquilo que é o melhor de Deus.
Se existe pecado, confesse. Uma entrega incondicional trará poder inconfundível. Devemos nos entregar, sem reservas, ao senhorio de Cristo.

Amém